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História da Ponte Preta

A Associação Atlética Ponte Preta foi fundada no dia 11 de agosto de 1900 por um grupo de alunos do Colégio Culto à Ciência que jogava bola em campos improvisados no bairro que emprestou nome ao time.

O bairro até hoje se chama Ponte Preta em alusão à travessia de madeira feita pela companhia de trem e pintada com piche para conservá-la. Os fundadores e patronos da Macaca foram capitão João Vieira da Silva, Theodor Kutter, Hermenegildo Wadt e Nicolau Burghi.

O primeiro título, de campeã da Liga Operária de Futebol de Campinas, veio em 1912. Em 1969, a Ponte Preta montou o Expresso da Vitória e conquistou o título de campeã da Primeira Divisão de Profissionais do Futebol Paulista, também conhecido como Título da Divisão de Acesso. No ano seguinte seria vice-campeã paulista. Em 1977 e 1979, repetiu o feito.

O considerado ano de ouro da Macaca veio em 1981, quando foi vice-campeã paulista, campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior, campeã paulista infantil, juvenil e júnior e terceira colocada no Campeonato Brasileiro da Série A. Em 2008, voltou a ser vice-campeã paulista. Em 2013, foi vice-campeã da Copa Sul-Americana e, em 2017, disputou de novo a decisão do Paulistão.

Por causa de suas glórias e sua representatividade no futebol brasileiro e internacional, em 1999, foi criada, por meio de lei na Câmara Municipal de Campinas, a Semana Pontepretana, que ocorre sempre nos sete dias que englobam o dia 11 de agosto de cada ano.

Democracia racial

A Ponte Preta nunca fez distinção étnica. Entre seus fundadores havia negros e mulatos. Um deles, Miguel do Carmo, foi jogador titular no primeiro time da Ponte. Em 1952, a Ponte foi o primeiro clube do interior do Brasil a contratar jogadores estrangeiros: os uruguaios Cabreira e Raul Dias.

Ídolos

Ao longo da história, a Ponte Preta ficou conhecida por sua excelente escola de goleiros. Valdir Perez, Carlos e Sérgio Guedes personificam essa qualidade da Macaca, apenas para citar três que também chegaram a vestir a camisa da Seleção Brasileira. A Ponte sempre revelou craques, como o Mestre Dicá, que desfilam toda a sua categoria por campos do Brasil e do mundo; guerreiros, igual Monga, daqueles que comem grama pelo time; e artilheiros capazes de fazer história nos campeonatos que jogam.

Há inúmeros exemplos de jogadores que se formaram e passaram pela Ponte, desde seus primórdios, e se destacaram no futebol nacional, internacional e na Seleção Brasileira, como Damião, Rodrigues, Sabará, Bruninho, Ciasca, Lapola, Roberto Pinto, Tuta, Nenê Santana, Odirlei, Oscar, Wanderley Paiva, Polozzi, Jair Picerni, Juninho, Marco Aurélio, Dadá Maravilha, Chicão, Washington e Mineiro, entre tantos outros craques.

Majestoso

O Estádio Moisés Lucarelli carrega em cada tijolo o suor da torcida da Ponte Preta. Construído com doações, representa bem a garra pontepretana – quem nunca ouviu falar da “Campanha do Tijolo” e dos mutirões dos torcedores? O estádio ganhou o apelido de Majestoso devido à grandiosidade da construção para a época. Com capacidade para 35 mil torcedores, a obra ficava atrás apenas do Pacaembu, em São Paulo, e, de São Januário, no Rio de Janeiro.

A concretização do sonho do pontepretano ter um estádio começou quando os amigos Olímpio Dias Porto, José Cantúsio e Moyses Lucarelli juntaram dinheiro para comprar a antiga chácara Maranhão, no bairro Ponte Preta. A pedra fundamental foi lançada em 13 de agosto de 1944. O estádio seria inaugurado quatro anos depois, no dia 7 de setembro de 1948. O maior público já registrado foi de 37.274 pessoas, no jogo entre Ponte Preta 1 e São Paulo 3, no dia 1º de fevereiro de 1978.

O artilheiro de todos os tempos do Majestoso atende pelo nome de Dicá, com 83 gols em 249 partidas. O mestre, aliás, detém o recorde de partidas disputadas no estádio. A mais longa invencibilidade em número de jogos em casa é 41 partidas, entre 2 de outubro de 1965 e 28 de maio de 1967. Já as maiores goleadas da Macaca no Moisés Lucarelli foram de 8 a 1 no Portofelicense, em 10 de setembro de 1949; 8 a 1 na Ferroviária, em 16 de abril de 1994; e também 8 a 1 no Castanhal, no dia 21 de março de 2001.